domingo, 22 de agosto de 2010

Fendo de breu

Acordo de um transe que já se conta em dias. Após horas de um sono, profundo e leve, me vejo em um mundo, hostil e estranho, e passo a ve-lo, senti-lo e vive-lo. Porém algo falta, uma fenda aberta em uma sala de luz, algo tão próximo mas hoje distante, num paralelo de tempo e em outro de espaço.
Posso senti-la como sólida, cortando meus sonhos de um futuro passado. Futuro perdido e passado pela minha mente a cada momento. Falta ele não causará se se trocar por um outro a muito pensado, e hoje esquecido. Esquecido em partes pois sua presença ainda se sente mas sua essência se perde em desejos maiores, para um eu devasto que se ergue a cada segundo e esmaga a razão.
Mas ainda espero que tal fenda se feche e se ilumine, para assim consigo trazer esse futuro lembrado, e que hoje se mostra como se fosse o único mesmo com tantos ao seu redor. Penso então que só o vejo por sua beleza e que ao segui-lo mudarei de caminho. Mas apenas para adentra-lo ainda mais. Pois ao ve-lo em seu âmago me cegarei e voltarei a ama-lo.

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