quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Respostas de um amanhã

Tempos passam, fatos ocorrem, coisas à pouco inimagináveis e consideradas absurdas tornam-se tão normais e corriqueiras que de certa forma passam a se tornar indispensáveis e essenciais. O que ontem sonhavamos em fazer, hoje fazemos e nem sequer vemos mais graça. Nos tornamos pessoas diferentes, para alguns nos dizemos mais inteligentes, mais responsáveis, mais maduros. Porém para outros nos confessamos mais inseguros, mais falsos, mais vagabundos, mais hipócritas! Começamos a ver coisas que fazemos e simplesmente não conseguimos mais lhe atribuir qualquer motivo, qualquer sentido, e muito menos qualquer satisfação. Chega-se um ponto onde nos desesperamos a procura de algo para fazer durante o dia, pois só a simples idéia de desperdiça-lhe com coisas tão banais como um velho e bom amigo apenas jogando conversa fora, com um violão em algum lugar confortável tocando aquela musica à muito esquecida, ou apenas com seus mais intímos pensamentos refletindo e descansando, como ontem fazia-mos em total paz de espírito, torna-se hoje repulsiva! Também começamos a perceber que a antiga pergunta "quem?" que nós tanto nos orgulhava-mos em responder de boca cheia, tornou-se com tanta naturalidade um simples "quantas?". E aquela gostosa inocência que nos forçava a aprecia-lás com tanta graça e respeito, torna-se um simples tesão tão facilmente substituído em poucos minutos. Lembramo-nos da época onde passar um verão, um mês, ou as vezes uma única noite com alguém, um único alguém e não os vários alguéns de hoje em dia, não era tão descriminado nem tão ridículo.
Até que em fim chega-se um momento em que percebe-mos, finalmente vimos que o ridículo e repulsivo não é isso, mas sim, termos nos tornado assim! Nesse momento nos sentimos iluminados, e inspirados! Começamos a querer mudar e esquecer essas verdades que nos foram passadas e hoje nos perseguem! E realmente mudamos! Vazemos planos! Nos enchemos de idéias! Porém, essa curta ascensão em certo ponto acaba. Não conseguimos aceita-lá, e de certo modo a rejeitamos. Não pois não vemos-lhe mais sentido, mais sim pois aquela grande inteligência e maturidade que nos gabávamos tanto em possuir, passa lentamente a surgir e percebemos que após tanto tempo não podemos simplesmente mudar assim. E aí sim é que vemos que a real reposta não esta em simplesmente mudar o hoje, mas sim no amanhã! Porém, não totalmente. Uma parte desse amanhã esta lá apenas esperando para ser preenchida! E é aí sim que ocorre a real ascensão, quando finalmente percebemos e nos perguntamos. Será que essa parte, não foi sempre o ontem?

Sexy Plexi- Jack Johnson

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