quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mostre oque sente e esqueça toda essa razão.

Chega um momento em que você não sabe mas oque escrever. Não que seus versos tenham acabado ou sua inspiração se esgotado. Muito menos que suas musas já não existam ou seus ideais tenham morrido.
Não, nada disso.
Simplesmente você se senta em sua cadeira diante de um teclado, ou deita embaixo das nuvens e das estrelas sobre uma folha em branco, e nada vem a sua mente.
Todas suas paixões parecem se esconder, seus medos desaparecer e seus desejos tornam-se tão ínfimos que nem sequer se dão ao trabalho serem ouvidos.
Mesmo após dias sofrendo em remoendo-os em silêncio, revisando seus defeitos e vangloriando suas vantagens, na hora se mostrarem ao mundo de cara limpa a peito aberto, somem como muleques bagunceiros após quebrarem a janela de um vizinho rabugento que mais parece ter saido do pior de seus pesadelos.
Até que finalmente algo se rebela e aceita ser levado para fora de sua mente e ser transformado em uma mistura de letras e palavras e assim ser levada ao mundo!
Mas aí bate a temível razão e tenta torna-lo novamente indecifrável para que não seja mal interpretado devido ao momento ou situação que é escrito.
Quantos protestos escritos deixei de exibir apenas pelo fato de não protestarem por coisa alguma?
Quantas cartas deixei de enviar apenas pelo motivo de serem poderem ser recebidas mas não entendidas?
Quantos versos de amor deixei de escrever apenas pelo fato de minha musa inspiradora não ser minha atual companheira?
Pelo meu quarto se encontram paginas e paginas de textos pela metade, e poemas amassados.
Em minha casa cadernos e mais cadernos de desenhos rabiscados e musicas rasgadas.
Mas quando chega esse momento, meu amigo, não se deve desistir ou forçar idéias apenas para encaixalas em um contexto.
Esqueça as pessoas e tampe ouvidos aos comentários, ignore os olhares e não se importe com as reações.
Mostre oque sente e esqueça toda essa razão.

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