quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tempos Modernos

O que se passa. Devaneios loucos por entre noites mal dormidas que se estendem por entre etenidades.
Mantenho mente limpa como em quadro negro. Porém tal quadro negro- que nesses tempos modernos de negro só tem nome em sua superfície de realidade lisa e branca- se enche de esboços de idéias, de canções, de memórias.
Detenho-me em cama, que nesse momento parece aço, duro e frio. Porém essa mesma me exila sem suportar minha presença.
Vago por entre meu quarto em meio a desenhos, CD's e fotos. Que me puxam a mente mais esboços de idéias, canções, memórias.
Nesse momento papéis se invertem, horas se tornam segundos e a noite se esvai por entre tais lembranças.
O corpo se amolece mas se mantém, e apenas a súbita vontade, ou a ligeira espiada no tempo que se passa, que são capazes de leva-lo de volta a seu descanso. Descanso esse em cama que agora torna-se quente e mais que aconchegante.
Tais esboços agora se embaraçam, e sua presença passa a não mais ser percebida e de pouco a pouco vai se apagando de seu fundo claro de nome negro.
Após isso se acorda, meio lento e letárgico, e com pouco ciência das horas passadas. Mas mesmo assim me levanto e, em meu intimo, tento bater os restos de pó de giz. Mas, nesses tempos modernos, só me encontro com uma flanela largada, e suja de tinta fresca.

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