quarta-feira, 6 de julho de 2011

Destroços

Após a tempestade
Eles todos se calam,
Pequenos hipócritas
Profetas da bonança

E com um sorriso no rosto lhes mostro os destroços

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ela

Ela levanta-se entao da cama, delicada e silenciosamente para não acorda-lo, inconsciente de que ele já estava, a muito, desperto, apenas a admirando.
Já de pé ela se espreguiça, como se livrando-se de todas as dores passadas, e abrindo os braços a um novo dia.
Percebendo ainda não ter sido notado ele permanece imóvel a observando. Era quase como se ela estivesse certa, como se ele ainda estivesse dormindo, pois para ele a visão que tinha diante seus olhos só poderia vir de um sonho. Ele já não conseguia desviar seu olhar nem que por um momento,tudo parecia magico, desde o modo como ela prendia o cabelo, até o modo como pegava uma de suas camisas no armário aberto e a vestia, transformandoa assim em um vestido, e cobrindo sua nudez.
Ele só conseguia se perguntar como aquilo podia estar acontecendo. Eles haviam se conhecido a pouco mais de uma semana. A dia exato ainda não o vinha a mente, algo entre a quinta ou sexta da ultima semana, havia sido um feriado bem agitado e as datas e memórias ainda se confundiam em sua mente.
Eles haviam se conhecido e ido para seu apartamento onde passaram os últimos seis dias vivendo apenas entre o quarto e a cozinha, com algumas raras vistas a outros comodos para uma pequena aventura. Porém apesar do pouco tempo ele começava a perceber que ela não era só mais uma.
Ele nunca havia sentido nada parecido ao que experimentara na ultima semana. Cada momento havia conseguido se tornar especial, e inesquecível, de um modo diferente. Observa-la daquele modo, enquanto ela fazia esses simples atos do dia-a-dia, o enchia de uma felicidade tão plena, até então experimentada apenas nos mais íntimos momentos de prazer, que ele começava a se perguntar se não seria finalmente ela a escolhida para dividir o resto de sua vida.
O que começava a crescer em sua mente era somente a duvida se aquilo, aquele sentimento que já havia dominado não só seu peito mas todo seu corpo e alma, poderia mesmo ser o tão esperado e aclamado sentimento que todo ser busca por toda sua vida, as vezes com sucesso as vezes nao.
Ela entao finalmente percebe seu olhar, e abri-lhe um sorriso, como que ciente de que apenas isso já o servia para um belo dia.
-Seu bobo, nao acredito que voce tava esse tempo todo acordado! To indo na cozinha fazer um cafezinho para mim, quer um tambem?
-Nao precisa minha linda, so de saber que voce vai estar aqui me esperando ja e' o suficiente para me deixar acordado.
Entao, como que numa magica, seu sorriso, antes meigo e terno, transforma-se no que so poderia ser descrito como um malte de luxuria e paixao. Vagarosamente ela se aproxima ate seu lado, permanecendo a beirada da cama, passa um de seus joelhos sobre ele, e curva-se dando-lhe um beijo.
-Sabia que eu amo quando voce me chama assim?- E entao levanta-se e sai do quarto, com todo seu charme e andar hipinotizante, em direcao a cozinha.
Logo apos foi como se houvesse um click em sua mente, nao existia mais duvidas, apenas uma certeza preenchia todos seus pensamentos.
-Merda, eu tenho que lembrar o nome dessa menina!